Caso #51
Fratura por estresse do colo do fêmur


História clínica: paciente de 47 anos, do sexo feminino, com dor no quadril direito há 2 meses.

Paciente refere corrida em esteira para perda de peso. Interrompeu a atividade após início da dor.

Hipótese diagnóstica: controle de fratura por estresse

Exame solicitado: ressonância magnética do quadril

Diagnóstico radiológico pelo Dr. Milton Miszputen

Ressonância magnética do quadril

Seqüência T1, corte coronal (a)

(a) Imagem de hipo-sinal junto à margem medial da cortical óssea da porção inferior do colo do fêmur.

Discreta alteração de sinal na medular óssea adjacente.

a.

Seqüência T2 FS, cortes coronal e transversal (b, c)

(b, c) Linha de fratura na porção inferior do colo do fêmur, com significativo edema ósseo medular adjacente.

A linha de fratura não atravessa toda a extensão do osso.

(c) Discreto edema na região periosteal.
b.
c.
Seqüência T1 FS com injeção de contraste (gadolíneo), corte transversal (d)

(d) Realce ao contraste na área de edema ósseo medular.
d.
 

Diagnóstico: fratura por estresse por compressão, incompleta, na região medial inferior do colo do fêmur.

Comentários: o diagnóstico precoce da fratura por estresse do colo do fêmur é essencial para que o tratamento seja logo iniciado e para evitar complicações da fratura, relacionadas ao risco de necrose da cabeça do fêmur, por perda da sua vascularização.

Como as radiografias podem atrasar no diagnóstico em até duas semanas, indica-se exame de cintilografia óssea ou ressonância magnética, preferentemente este.

No caso apresentado, a ressonância magnética diagnosticou a lesão e determinou a sua extensão. A injeção de contraste, realizada devido ao protocolo padrão, não é necessária para se fazer este diagnóstico.

Casos relacionados: [1][11][28][43]

Dr. Milton Luiz Miszputen



 

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