Caso #42
Ruptura completa do músculo reto femural


História clínica: paciente do sexo masculino, 45 anos, com dor na região proximal da coxa direita há 2 meses.

Paciente refere ter sofrido a lesão ao chutar a bola em partida de futebol, agravando um quadro de dor pré-existente.

Hipótese diagnóstica: lesão muscular.

Exame solicitado: ressonância magnética da coxa

Diagnóstico radiológico pelo Dr. Milton Miszputen

Ressonância magnética da coxa direita

C
orte coronal STIR

(a) Descontinuidade completa das fibras do da transição mio-tendinosa proximal do reto femural direito (seta).

O intervalo é ocupado por coleção líquida heterogênea (hematoma em organização).

As porções proximais do ventre muscular apresentam-se com edema intramuscular.

a.
a.
Corte coronal STIR

(b) Hematoma se estende para os espaço inter-musculares da região proximal da coxa.

Na pele, há alteração de sinal remanescente de equimose apresentada pelo paciente.

O componente intramuscular do tendão apresenta-se retraído inferiormente e com contornos ondulados (seta), em comparação com o tendão normal esquerdo.

b.
b.

Corte sagital T2

(c) Descontinuidade completa das fibras da transição mio-tendinosa proximal do reto femural.

Os contornos da unidade mio-tendinosa apresentam-se grosseiramente irregulares, e o tendão encontra-se espessado e heterogêneo (seta).

c.
c.
Corte sagital T2

(d) Há aumento do sinal difuso no ventre muscular (edema intramuscular), distinto do sinal normal da musculatura profunda ao reto femural (m. vasto intermédio) e da região analisada.












Nota: a utilização da sequência T2 propiciou adequada análise anatômica, simultaneamente à análise das alterações patológicas.
d.
c.

Corte transversal STIR

(e) O ventre muscular do reto femural está ausente na região proximal da coxa, que é ocupada por hematoma.
e.
c.
 

Diagnóstico: Ruptura completa da transição mio-tendinosa proximal do reto femural, com retração inferior e hematoma em organização estendendo-se para espaços peri-musculares da região.

Comentário: Uma semana antes do exame de ressonância magnética, havia sido realizada uma ultra-sonografia (não publicada aqui), que demonstrou a lesão, porém com dúvida em relação a ruptura parcial de alto grau ou completa.

Casos relacionados: [8][23][34]

Dr. Milton Luiz Miszputen



 

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